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Fazer, Estar, Ser: Três Momentos que Resumem Minha (ainda) Estadia na Escola de Cinema Darcy Ribeiro

Fazer/estar/ser são os três momentos que resumem a minha (ainda) estadia na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Fazer um curso intensivo em que todas as emoções são condensadas num curto espaço-tempo é, no mínimo, se desafiar ou “aprender a se” àqueles que não o fazem com frequência. Fizemos! Nos desafiamos.

Aprendemos a ser. Por meses, dividimos angústias, saberes, perspectivas, debates. Foram olhares outros, afetos outros e habilidades que se complementaram na construção social de uma arte que gritou (e grita!) nossas dores.

Um fazer pulsante que urge de nossos tempos. Nesse ponto, vale ressaltar que a horizontalidade nas relações dentro da proposta da escola é um dos maiores méritos de sua proposta de processo ensino-aprendizagem. Desde a relação direção-alunos e coordenação-alunos à professores-alunos. Não há déspotas hierarquias.

Há parceria de ideias, em que, estar plenamente mergulhado, até o pescoço, para construir (novas) realidades, me proporcionou tecer uma trama de contatos e afetos que para uma só vida é pouco. Muito pouco!

Parcerias que vão além do próprio curso, como o atual apoio que a escola tem ofertado a mim (e equipe) na montagem de um espetáculo de teatro multimídia (“O Homem do Princípio Ao Fim”, que promove a continuidade da exploração da linguagem teatral-cinematográfica proposta no filme “Ventre”, em que atuei como diretor e foi um dos produtos de conclusão do curso).

Num misto de inclassificáveis emoções, “Ventre” me proporcionou um momento único de retorno, em maio do ano corrente, à minha terra natal, à minha (também) gente, para momentos de afetos e calorosas discussões sobre maternidade compulsória e linguagem cinematográfica.

Exibi-lo no mais antigo cinema em funcionamento no Brasil, o Cine Olympia, em Belém do Pará foi, é, a concretização que os desdobramentos do curso já existem, não apenas neste, mas em outros projetos, já em construção, em que continuamos imbricando linguagens, hibridizando urgências…

Sendo quem somos e nos respeitando por isso. Por nossas histórias, por nossas conquistas, por nossas cicatrizes.

Por Fabio Limah.


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