A expansão das fronteiras da linguagem cinematográfica é vital para que o impacto sofrido por um indivíduo ao assistir um filme seja cada vez mais profundo e torne mais fértil o campo da imaginação. Ruy travou sempre uma árdua batalha para o alargamento dessas fronteiras sendo um revolucionário da criação. Sem se importar em sair com alguns ferimentos dessa dolorosa e necessária batalha Ruy, vira-se para dentro e alça voo por aí descobrindo novos logradouros de linguagem. Passo a passo, se recusando a tocar o chão, ele foi desbravando as entranhas do cinema se deixando envolver pelo desconhecido, até que então fez-se sonho. Punhos em riste, olhos cerrados e apontados para o que ninguém vê, lança mais um golpe impiedoso nessa batalha em que o vencedor já é declarado: o cinema.
Ruy Guerra o mais singular diretor brasileiro de todos os tempos. Viva o cinema!
Ao mestre com carinho.
Diogo Oliveira – Cineasta