LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO AUDIOVISUAL: ESCUTA E IMAGINAÇÃO SONORA
1. INFORMAÇÕES GERAIS:
SEMESTRE LETIVO: 2019.2
PROFESSOR: Gabriel Martinho
CARGA HORÁRIA: 16 horas
DATA: 19 e 26/11, 03 e 10/12 (terças-feiras), das 14h às 18h.
INVESTIMENTO: R$400,00
10% de desconto para quem estuda na escola ou se inscreve em dois ou mais cursos*.
5% de desconto para pagamentos à vista (dinheiro ou transferência bancária).
O pagamento pode ser parcelado em até 3x no cartão (presencialmente).
Dados Bancários para Depósito/Transferência (pagamentos à vista):
Banco do Brasil / AG. 0183-X / CC: 408.757-7
Instituto Brasileiro de Audiovisual – CNPJ: 02.605.336/0001-03
Importante: Envie o comprovante do depósito/transferência para os e-mails [email protected] e [email protected]
*Desconto não cumulativo
2. APRESENTAÇÃO:
O objetivo do curso é proporcionar um espaço de reflexão e criação audiovisual a partir da investigação e construção sonora. Para isso, assumimos um caráter laboratorial: por um lado sugerimos atividades práticas para ativar a escuta, a partir da observação e imaginação sonora; por outro, revisamos ensaios fílmicos que experimentam operações entre sons e imagens na montagem. A intenção é propor a realização de um vídeo-diário coletivo.
3. PROFESSOR:
Gabriel Martinho desenvolve um trabalho interdisciplinar entre arte e ciência, onde experimenta atividades de escuta criativa considerando a utilização de tecnologias audiovisuais na construção de espaços sonoros. Possui mestrado em Cinema Documentário pela Fundación Universidad del Cine, Buenos Aires, participou como bolsista na residência de arte sonora Somsocosmos, e passou por experiências de docência em Educação Popular, de produção em Rádio Comunitária. Ministrou cursos de Documentário pela Casa das Artes e pelo Projeto Biizu, no Estado do Pará, onde também realizou um laboratório de Instalação Sonora no Sesc Boulevard. Além disso, foi convidado a criar conteúdo de áudiodoc no projeto Transmissão Fordlândia, realizado pela Radioee e Rádio Idade Mídia – Comunicação para Cidadania, na Amazônia paraense. Foi membro do júri na categoria curta-metragem documental pelo festival internacional CILECT. Teve dois de seus filmes premiados, FOTOGRATIS no EPA CINE, na Argentina, e PROXIMA no Porto/Post/Doc, em Portugal. Atuou como técnico de som direto no longa-metragem JUAN Y LOU exibido pelo Festival Latino-Americano de Biarritz. Recentemente propôs uma atividade terapêutica de escuta criativa pela 1a exposição coletiva da Casa Jangada, e atualmente participa do programa Formação e Deformação da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage.
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Aula 01 – “O rádio-ouvido é a montagem do Eu escuto! O cinema-olho é a montagem do Eu vejo!” (Dziga Vertov)
• Memória sonora: traçando territórios de si em disputa.
• Limpeza dos ouvidos: respiração e escuta coletiva, “Elementos Sonoros” e “Paisagem Sonora”.
• O som no filme-ensaio: “Contrato Audiovisual”, “Espaço sonoro” e “Desenho de Som” em Dziga Vertov, Jonas Mekas e Eryk Rocha.
Aula 02 – “Sem o som não veríamos” (Michel Chion)
• Proposição de grupo “o corpo-cardume”: ativação da escuta corporal e da atenção flutuante nas ruas do centro da cidade.
• Cartografia sonora: movimentos, espaços, formas, gestos, cheiros e etc.
• O diário de campo: entre a experiência e seus rastros “Ponto de Escuta”, “Textura Sonora” e “Plano Sonoro”.
Aula 03 – “Não há recordação, se reescreve a memória como a História é reescrita” (Chris Marker)
• Imaginação sonora coletiva: relações entre registros ou arquivos coletados e as imagens ocultas.
• Inspirações em diários audiovisuais experimentais: Alumbramento, Cao Guimarães, Carlos Nader e Sandra Kogut.
Aula 04 – “Num piscar de olhos” (Walter Murch)
• Edição do vídeo-diário coletivo.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Schafer, M. (1992). O ouvido pensante. São Paulo: fundação Editora UNESP (FEU)
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Para repensar en cine hoy, Año 2, No2.
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Xavier, I. (2005) O discurso cinematográfico, a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra
5. INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Será emitido certificado para os participantes que tiverem o mínimo de presença exigido (75%).
A realização do curso está sujeita a um número mínimo de inscritos.
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